Crepúsculo: Amanhecer – Parte I

Um dos filmes mais esperados desse ano finalmente entrou em cartaz.

Nesses primeiros 50% do livro final da saga de Stephenie Mayer, Edward e Bella, finalmente se casam e vêm passar a lua de mel na ilha privativa da famí­lia, no litoral do Rio de Janeiro. Na primeira noite do casal, se é que vocês me entendem, a moça engravida e essa gravidez de alto risco é a principal trama do filme.

Quando soube que o filme seria dividido em duas partes a primeira coisa que me veio à cabeça foi “vão encher linguiça até não poder mais”. O livro não é longo o suficiente para justificar a quebra em duas partes, então deu-se muita ênfase (como em toda a série de filmes) no emocional.

Até metade do filme só se vê preparativos do casamento, a tentativa de Edward em convencer Bella a não se transformar em uma sanguessuga, a cerimônia e a lua de mel no Rio de Janeiro (destaque para Pattinson falando português). Nada parece interessante. Depois da descoberta da gravidez, o foco do filme passa para a discussão se o pacto entre a tribo de lobisomens e os vampiros foi ou não quebrado, e a escolha de Jacob.

Os três atores principais parecem estar bastante a vontade fazendo seus papéis, nenhum digno de Oscar. Quem merece ser mencionado é Billy Burke, que interpreta o pai de Bella, e mostra bem o receio de um pai que está “entregando” uma filha adolescente para um casamento.

A direção de Bill Cordon, mais conhecido pelo seu Dreamgirls (2006), não influencia muito o filme. A opção por uma montagem mais linear e tomadas de câmeras clássicas fez parecer que ele estava ali mais para fazer o “feijão-com-arroz”  e colocar esse filme na sua filmografia.

É preciso falar dos efeitos especiais. Ao mesmo tempo que se percebe um bom trabalho retratando os efeitos da gravidez na Kristen Stewart, nas cenas de combate entre lobisomens e vampiros, onde apesar de bem coreografadas, é possí­vel ver uma falta de integração entre o live action e os bichos criados em computador digna do primeiro longa do Garfield.

O filme, pelo peso que tem como lançamento, vale a pena ser visto, especialmente se você é fã da série, dos atores ou da autora. Vale o ingresso, mas deixou algumas considerações na minha cabeça:

  • Pra que diabos um vampiro tem uma ilha em um dos arquipélagos mais ensolarados do mundo?
  • se os vampiros brilham no sol, por que Edward não era um globo de discoteca ambulante quando estava na ilha, aqui no Brasil?
  • Sério? Sangue no copo de milk shake com canudinho? Isso é True Blood demais pra mim!

E atenção para a cena pós-créditos, que além da cena final do filme, dá o tom do que será a continuação, com data de estréia prevista para 16/11/2012.

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