O Homem que Mudou o Jogo

Filmes de esporte e superação me cativam. Normalmente estamos acostumados a ver esse tipo de filmes da perspectiva do atleta, que precisa superar dificuldades ou mesmo de um time inteiro que precisa romper barreiras de preconceito ou jogar o jogo mais difí­cil das sua vida contra um adversário reconhecidamente maior ou melhor. Em O Homem que Mudou o Jogo todos esses elementos estão lá, mas a perspectiva é do gerente geral do time de baseball Oakland Athletics.

Depois de levar seu time até as finais dos playoffs do campeonato americano de baseball e ter seus principais jogadores da sua já barata equipe serem vendidos, o gerente geral Billy Beane (Brad Pitt, de “O Curioso Caso de Benjamin Button”) vai atrás de novos jogadores e acaba encontrando nas opiniões de Peter Brand (Jonah Hill, de “Superbad”) uma forma nada usual para ver o jogo. Com base na metodologia de Peter, Beane vai atrás de jogadores peculiares para fazer seu time vencer.

Nesse longa metragem, as atuações de todos os atores são comedidas, até porque maior parte das situações vividas por eles não permitem uma superaturação, mas estão completamente de acordo com o filme, bastante convincentes e algumas vezes comoventes, como no relacionamento de Beane com sua fofa filha, interpretada por Kerris Dorsey (mais conhecida das séries de tv em que atuou). Jonah Hill, que assim como Pitt também foi indicado ao Oscar por este filme, está bem diferente dos papéis de comédia em que estamos acostumados a vê-lo, mas mostra que é capaz de fazer drama com qualidade.

A direção do filme é de Bennet Miller, que fez um trabalho muito robusto, conseguindo contar a história de Beane, sem comprometê-la ou procurando fazer planos complexos ou tomadas desnecessárias. O mesmo pode-se dizer da edição, que intercalou de forma impecável cenas da vida pessoal dos protagonistas, cenas dos bastidores do esporte e mesmo cenas reais da época em que essa verí­dica história aconteceu.

O filme certamente mexe muito mais com os fãs e conhecedores deste esporte, pois é possí­vel ter uma idéia de como são os bastidores do esporte e de como essa metodologia usada por Peter (chamada de Moneyball, daí­ o tí­tulo original do filme) dá uma nova ótica para os gerentes. Mesmo com esse background fortí­ssimo no esporte, a mensagem clara do filme é que devemos fazer de tudo pelo que acreditamos ser verdadeiro.

Mesmo não tendo ganhado o Oscar de Melhor Filme, essa pelí­cula merece ser vista por todos, adoradores ou não do esporte. Vale todas as suas 4,5 estrelas.

Veja o filme, no cinema ou não, e deixe seu comentário.

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