Denzel Washington (“O Livro de Eli“) e filme de ação combinam muito ainda mais se companhados de um dos galãs da nova geração de filmes desse gênero, Ryan Reynolds (“Lanterna Verde“). Todos Esses elementos estão reunidos em “Protegendo o Inimigo” (Safe House, 2012), porém o resultado não está no nível da expectativa.
Na trama, Tobin Frost (Denzel Washington) é um agente renegado da CIA, que ganha a vida traficando informações. Até que uma de suas negociações dá errado e ele tem que se entregar para a Agência para se proteger. Tal responsabilidade cai sobre Matt Weston (Ryan Reynolds), zelador de um dos abrigos seguros da CIA. Que além de ter que proteger Frost deve provar sua inocência, que está sendo questionada pela agente sênior Linklater (Vera Farmiga, de “Amor Sem Escalas”).
A película tem um enredo simples, a cada informação revelada, Matt e o espectador ficam em dúvida quanto a real motivação do personagem de Washington. Essa simplicidade a torna bastante previsível, especialmente para àqueles acostumados com o gênero thriller policial.
A atuação de Denzel Washington está muito aquém do que já vimos em “Dia de Treinamento”, quando foi vencedor do Oscar de Melhor Ator, e em outros longas que ele atuou. Ryan Reynolds faz, mais uma vez, o papel de si mesmo, só que carregando uma arma. Vera Farmiga também apresentou uma atuação simples. Â Como o filme é focado em ação, não apresenta tantas oportunidades para uma atuação digna de premiação.
A direção do longa é de Daniel Espinosa (“Easy Money“), que não tem vivência de Hollywood, mas não faz feio. Consegue manter as cenas de ação em um ritmo interessante e preocupa-se em retratá-las com uma realidade acima do normal para filmes de ação, onde o mocinho é praticamente imbatível e cada golpe parece ter sido retirado de um espetáculo coreografado pelo Cirque Du Soleil.
Uma curiosidade do filme é que, originalmente ele deveria ter sido filmado nas favelas do Rio de Janeiro, mas a equipe de produção resolveu abortar a ideia por motivos de segurança e acabou optando por gravar em Joanesburgo e na Cidade do Cabo, na África do Sul.
Enfim, “Protegendo o Inimigo” é um razoável filme no estilo thriller policial e bom para ser visto em um sábado a tarde. Tem um elenco com uma grande, porém inutilizada, capacidade de atuação, que não acrescenta nada ao gênero. Vale 3 cebolas.
