Não posso dizer que gostei. Também não posso dizer que odiei.
Eu estava esperando este filme a algum tempo. Esse tema medieval/bárbaro sempre me agradou, ainda mais quando a gente está falando de um universo bastante intenso criado pelos quadrinhos do Conan.
No filme, Conan, interpretado por Jason Momoa (de Game of Thrones), é um bárbaro que vê seu pai ser assassinado e passa a vida buscando vingança contra os assassinos. No caminho ele encontra Tamara, papel da bela Rachel Nichols, uma monja descendente da raça de sangue-pura perseguida pelo conquistador Khalar Zym (Stephen Lang).
A atuação de Jason Momoa como Conan não é sofrível, mas concordo que ele convence muito mais como Khal Drogo do que como o herói/anti-herói cimério. Já não é possível dizer o mesmo de Rachel Nichols, que interpreta sua personagem na mesma intensidade que o background dela: fraquíssimo!
Nem mesmo os vilões, que costumeiramente tem roubado a cena nas adaptações de quadrinhos, têm algum peso no filme. Stephen Lang, que estava muito bem como um dos bad guys de Avatar, sumiu em Conan, acho que muito porque as motivações dele para as tiranias que estava fazendo eram quase que levianas. O mesmo vale para sua estranha filha, que passa a impressão de que está apaixonada pelo pai.
Dirigido por Marcus Nispel, este filme segue o mesmo nível de profundidade e direção de elenco que seus outros filmes anteriores, Desbravadores e o remake de Sexta-feira 13, com o vilão Jason apostando corrida com os mocinhos.
Somente duas coisas se salvam do filme: a fotografia, que mostrou belos cenários, que estavam bem casados com o imaginário da série de quadrinhos, e o figurino. Eu achei bem adaptado à realidade, e não apenas aquela tanguinha de texugo que o Mr. Governator usava no filme original.
O filme foi convertido para 3D, e como 99% dos filmes convertidos, esse efeito é completamente desnecessário. Com exceção de uma ou duas espadas voando na direção da tela, assistir o filme sem os óculos não faria diferença alguma.
Frustrar as expectativas dos espectadores é uma coisa que não se faz, portanto só assista Conan se for de graça ou se você pagar meia-entrada, no dia da semana que o ingresso de cinema for mais barato na sua cidade.
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Esperei anos pelo filme.
Eu considero o Conan um dos melhores personagens de quadrinhos de todos os tempos. A adaptação fez vergonha.
O clima de Game of Thrones é muito mais parecido com os quadrinhos. Também mudaram demais a história e o personagem.
Maldito Nispel!
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