Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros

Segundo o que conta o livro de Seth Grahame-Smith, Abraham Lincoln, o décimo sexto presidente dos Estados Unidos, conhecido como Abe, o Honesto, não era tão honesto assim. Na versão da história do autor, o presidente tinha uma vida dupla. Durante o dia um simples balconista/lenhador/presidente, durante a noite um exí­mio caçador de vampiros.

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros” é uma adaptação do livro homônimo escrito por Grahame-Smith, que adiciona os sugadores de sangue fantásticos à história do presidente e a da guerra secessão americana, onde os estados no norte, liderados por Lincoln, lutaram contra os latifundiários dos estados do sul pela libertação dos escravos e pela unificação do paí­s.

Quando criança Lincoln (Benjamin Walker, de “Kinsey: Vamos Falar de Sexo“) descobriu a existência desses seres de uma forma trágica: viu sua mãe ser morta por essas criaturas e jurou vingança. Foi então que ele conheceu Henry (Dominic Cooper, de “Capitão América: O Primeiro Vingador“), um combatente que lhe ensinou como lutar contra os vampiros e o que fazer para derrotá-los. Em sua nova vida em Springfield, Lincoln reencontra seu amigo de infância Will (Anthony Mackie, de “Gigantes de Aço“) e junto com Speed (Jimmi Simpson, de “Zodí­aco“) e com aquela que virá a ser sua esposa, Mary Todd (Mary Elizabeth Winstead, de “Scott Pilgrim contra o Mundo“), lutam contra a escravidão dos negros e tenta evitar a escravidão dos humanos por Adam (Rufus Sewell, de “O Turista“), o primeiro sanguessuga.

Timur Bekmambetov (“Procurado“) tem um tino para dirigir cenas de ação e só isso. As cenas do treinamento do herói, os movimentos com o machado, sua arma de escolha, e os combates entre Lincoln e os diversos vampiros são bem encenadas e chegam a empolgar, especialmente na impressionante sequência do trem. O diretor parece ter se preocupado somente com essas cenas e esqueceu que o filme também é composto de outras partes.

Além das cenas de ação, a maquiagem dos personagens, os figurinos e o carisma de Walker (que diga-se de passagem, é um Liam Nesson mais jovem) são outras qualidades do longa, mas ainda nem mesmo juntas são capazes de superar o incômodo gerado pela falta de fluidez que o filme tem. Com um roteiro fraco e uma montagem que parece exaltar o problema, ao invés de escondê-lo, ficam diversas lacunas no decorrer de toda a pelí­cula.

Mesmo com seus problemas, “Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros” ainda é um divertido filme de ação e aventura com movimentadas (e encenadas) cenas de combate, que vai agradar quem vai no cinema com o objetivo se divertir.

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