Sobre Vieses Cognitivos na Gestão de Produtos

Viés cognitivo. Tenho certeza que você já ouviu falar disso. A Wikipedia os define como uma tendência (daí o viés…) de análise que pode levar a algum erro de avaliação ou desvio sistemático de lógica.

Dois desses vieses estão muito presentes no dia-a-dia de quem trabalha com o desenvolvimento de produtos e a gente nem se dá conta, podendo facilmente fazer com que escolhamos caminhos tortuosos para nossos produtos. São eles o Viés de Afinidade e o Viés de Sobrevivência.

Sobre o Viés de Afinidade

Durante as etapas iniciais do desenvolvimento de um produto, seja ele digital ou físico, uma das fases mais importantes é o mapeamento da sua persona. 

É nesse momento que você tentar entender ao máximo os desafios da pessoal para qual seu produto está sendo desenhado. Quais suas dores? Quais seus sentimentos e emoções ao realizar a tarefa que seu produto se propõe? 

Ter sempre em mente essa persona quando estamos construindo e vendendo o produto é fator crítico de sucesso, especialmente quando falamos muito de design centrado no usuário, o tal do customer-centric.

E é nesse momento que o viés de afinidade chega de mansinho para te dar uma rasteira. 

É tendência natural das pessoas de procurar outras pessoas que tem similaridades (também conhecido como afinidades) com ela. Exemplos disso são seus amigos. A probabilidade deles pensarem e gostarem das mesmas coisas que você é bastante grande, afinal de contas vocês são amigos.

Durante a construção e venda de um produto é comum nos esquecermos da persona que mapeamos no começo do processo e oferecer nossas soluções e produtos para pessoas que pensam como nós e usar o input gerado pelas conversas com essas pessoas para “validar” nossas hipóteses. É o viés de afinidade atuando em conjunto com seu primo-irmão mais famoso, o viés de confirmação.

Portanto, não use seu círculo de amizades para validar suas hipóteses. Normalmente isso não vai trazer insights válidos para seu negócio. Jakob Nielsen já dizia: “Você não é o usuário!”.

Sobre o Viés de Sobrevivência

O conceito desse cara é super simples e faz todo sentido, mas quando me dei conta que ele existia, foi um momento longo de compreensão bovina (huuuuuummmmmmmm!!!!).

O viés de sobrevivência é muito aplicado quando temos um funil de seleção. Muitas vezes, fechamos a nossa visão e análise apenas nos casos que passaram integralmente no funil para mapear nosso aprendizado.

A grande questão é que o aprendizado que mais pode te trazer valor está nos casos que não passaram por esse funil e foram “expulsos” desse processo de seleção em algum momento. 

Existe um exemplo militar de aplicação desse viés que é fantástico.

Durante a segunda guerra, os americanos queriam identificar que parte da fuselagem de seus aviões precisaria ser reforçada e garantir maior sobrevida às máquinas.

Foi então que os estudiosos mapearam na carcaça dos aviões que retornavam aos hangares e viram que os aviões que retornavam tinham muitos furos de bala em todo corpo, com exceção do motor e do cockpit onde o piloto fica.

Em uma análise rasa, os engenheiros poderiam concluir que eram as áreas com maior número de furos que precisavam ser reforçadas, mas nesse caso o real valor estava nas aeronaves que NíO retornavam para o hangar e eram abatidas em vôo.

Conhecendo o viés de sobrevivência, Abraham Wald, matemático que estava capitaneando o estudo de melhoria das aeronaves, escolheu reforçar as áreas do cockpit e motor, pois provavelmente, quando as aeronaves eram atingidas nessas partes, elas caiam em combate.

A decisão provou-se correta e, após reforço na fuselagem dessas áreas, o número de aeronaves que retornavam aos hangares era maior.

Dentro do design gráfico tem uma conceito chamado de espaço negativo, que, em poucas palavras, é quando há uma informação valiosa em áreas onde não está o objeto do seu desenho. Quer ter uma ideia clara do que é isso? Você já se deu conta que tem uma letra “C” no logo do Carrefour?

Conclusão

Quer sair dessa rápida leitura com um aprendizado? Então:

  • Valide suas hipóteses com usuários que personifiquem, de verdade, as personas desenhadas no começo do processo de design.
  • Sempre colete e analise os dados em todas as etapas de seu processo e olhe o “espaço negativo” dos seus dados. Lá pode ter informações muito valiosas.

Amplexos!

As cenas curiosas criadas pela interessante ilusão de ótica

Ilusões de ótica são eventos, no mí­nimo, interessantes! Elas são artifí­cios que enganam nosso sistema visual nos fazendo enxergar (ou deixar de enxergar) coisas que não estão (ou estão) na imagem (ou no ví­deo). Entendeu?

O mais interessantes das ilusões de ótica é que elas podem ser de caráter fisiológico ou cognitivo. Quando o caráter é fisiológico, a ilusão se “aproveita” de algum pequeno defeito do nosso corpo, como o daltonismo; quando o fato é cognitivo ele está relacionado à forma como nosso sistema visual enxerga, identifica e entende as imagens, um exemplo desse último são as obras do artista Escher.

Veja algumas imagens.

Amplexos!

Designer recria a fase final de Super Mario 3 em primeira pessoa

smw02

O artista digital Freddie Wong recriou uma das fases (a que contém o tanque e diversos tiros de canhão) do último mundo de Super Mario 3 além do confronto final com o Bowser dentro e seu castelo. Tudo isso em primeira pessoa.

Uma curiosidade: o ví­deo demorou 50 dias apenas para a renderização. 50 dias processando para gerar esse excelente trabalho.

Amplexos!

Poster do Oscar 2013 homenageia todos os vencedores

Esse é simplesmente fantástico!

O designer Olly Moss foi o responsável desse ano pelo poster oficial da octagésima quinta edição da festa que comemora a minha existência (mesmo antes de eu existir) premiando os melhores filmes do ano, o Oscar 2013.

No pôster dessa edição, o artista personalizou 84 estatuetas com uma caracterí­stica dos 84 filmes vencedores do prêmio de Melhor Filme. É também uma verdadeira diversão aos cinéfilos.

oscar2013

Quais os destaques de 2012 no mundo do cinema

Boas,

para um dos sites especializados em cinema que participo fiz uma lista de melhores e piores de 2012 no cinema. A
lista não está em nenhuma ordem especifica. Ei-la:

MELHOR FILME
Drive
Intocáveis
O Hobbit

PIOR FILME
Cada um tem a gêmea que merece
Star Wars – Episódio I (vale?)
Fúria de Titãs
O diário de Tati

MELHOR DIRETOR
Peter Jackson
Christopher Nolan

MELHOR ATOR
Brad Pitt / Moneyball
Ben Affleck / Argo
Ryan Gosling / Drive

MELHOR ATRIZ
Meryl Streep / Dama de ferro
Tilda Swinton / Precisamos falar sobre Kevin

MELHOR FILME NACIONAL
2 Coelhos
Gonzaga

MELHOR ANIMAí‡íƒO
Tintin e o segredo do licorne
A origem dos guardiões
Valente

MELHOR CANí‡íƒO
Real hero / Drive
Adele / 007 Skyfall

MELHOR TRILHA SONORA
Drive
Sombras da Noite
Rock of Ages

MELHORES EFEITOS VISUAIS
O Hobbit
Prometheus
As aventuras de Pi

PIOR TRADUí‡íƒO DE TíTULO
Jack And Jill / Cada um tem a gêmea que merece
One for the Money / Como agarrar meu ex-namorado
21 Jump Street / Anjos da Lei
Salmon Fishing In the Yemen / Amor impossí­vel
The Watch / Vizinhos Imediatos de 3o Grau

MELHOR SÉRIE
Homeland
Revenge
2 Broke Girls
Não citei Game of Thrones ou The Walking Dead porque não consegui assistir às temporadas.

MENí‡í•ES HONROSAS
Não coloquei como melhores do ano, mas merecem ser citados por terem feito mais de 1 bilhão de dólares entre cinema e home video: Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Os Vingadores e 007 – Operação Skyfall.

E você? Qual a sua lista?